Apresentação – Saúde Mulher

Saúde da Mulher


No Brasil, a saúde da mulher se incorpora às políticas nacionais de saúde nas primeiras dé­cadas do século XX, tendo como base atender às demandas relativas à gravidez e ao par­to. Programas materno-infantis, elaborados nas décadas de 30, 50 e 70, traduzem uma visão restrita sobre a mulher, baseada em sua especificidade biológica e no seu papel social de mãe e doméstica, responsável pela criação, pela educação e pelo cuidado com a saúde dos filhos e demais familiares, (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).
A partir de 2003, foi elaborada a proposta da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, referenciada pelo diagnóstico epidemiológico da situação da saúde da mulher no Brasil à época. No processo da feitura dos Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, foram consideradas e incluídas todas as reivindicações dos seguimentos de mulheres e legitimada pelo Conselho Nacional de Saúde. Portanto, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, foi aprovada e legitimada pelas instancias de controle social e reflete o compromisso de garantir os direitos civis, políticos e sociais das mulheres e redução da morbi-mortalidade por causas preveníveis e evitáveis.
A política de atenção integral a saúde da mulher se desenvolve por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipe no território delimitado, onde a mulher deve ser considerada em sua singularidade, complexidade e inserção sociocultural.
Em Mato Grosso do Sul, a Gerência da Saúde da Mulher acredita no fortalecimento de estratégias para garantir uma profunda mudança na atenção à saúde, mais voltada para a prevenção e promoção da saúde, priorizando a Saúde Reprodutiva; Atenção Materna-Infantil; Programa de Proteção à Gestante (PEPG) e Política de Atenção ao Colo de Útero e Mama.
A Saúde Reprodutiva integra o Planejamento Familiar que é um conjunto de ações, bem como planejar o número de filhos, ou o espaçamento entre os mesmos. Tem como objetivo garantir o acesso aos métodos anticoncepcionais de barreira, comportamentais, hormonais, dispositivo intra-uterino DIU e cirúrgicos ou esterilização sempre respeitando a individualidade de cada mulher e a decisão informada do casal ou da mulher, em caso de não ter um parceiro conjugal. Também visa contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina especialmente por causas evitáveis.
A Atenção materna-infantil foi implementada em 2011, pelo Ministério da Saúde por meio da Rede Cegonha, esta Rede visa assegurar à mulher uma assistência humanizada no pré-natal, parto e puerpério, bem como à criança o direito do nascimento seguro e o desenvolvimento saudável. O Registro das informações é realizado pelo SISPRENATAL WEB.
A mortalidade materna e de mulher em idade fértil reflete a qualidade de atenção à saúde da mulher e seu enfrentamento é uma das ações prioritárias em saúde, comprometendo todo o país com sua redução. Uma das ações do programa materno-infantil é intensificar o monitoramento das investigações dos óbitos, por meio do sistema de informação Módulo web de Mortalidade Materna, a implantação da Rede Cegonha e do Programa Estadual de Proteção à Gestante.
O Programa Estadual de Proteção à Gestante (PEPG), além de realizar a testagem de todos os exames preconizados pelo Ministério da Saúde no Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN) e na Rede Cegonha, realiza outra série de exames identificados por esta Secretaria como sendo prioritários para a realidade do nosso estado. O PEPG consiste em três etapas: a realização da Triagem Pré-Natal, a confirmação do diagnóstico dos resultados alterados através de exames laboratoriais e o acompanhamento e tratamento das gestantes de todo o Estado de Mato Grosso do Sul, além de participar de ações voltadas para o fortalecimento da rede de vigilância em saúde e de atividades de educação continuada para profissionais do Estado.
 A Política Nacional de Atenção Oncológica enfatiza o controle dos cânceres do colo do útero e de mama como componentes fundamentais a serem previstos nos planos estaduais e municipais de saúde, visando o fortalecimento e a qualificação da rede de atenção primária. Essa Política é fortalecida pelo sistema de informação do câncer SISCAN, implantado em todos os municípios, e o mesmo tem responsabilidade de acompanhar o tratamento, solicitar os exames complementares e encaminhar as pacientes na rede secundária e/ou terciária, visando à mudança nos indicadores. Outra estratégia adotada é o Projeto Toque de Vida que prevê a capacitação dos profissionais (médicos e enfermeiros), a sensibilização de Agentes Comunitários de Saúde e a distribuição de materiais educativos.

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